Eu tenho mania de escrever em tecos de papel e só descobri-los meses depois -- dentro de um livro, no guarda-roupas, enfiado num encarte de CD, na gaveta de talheres... é, bem por aí --, e por isso eu comecei a colocar textos inacabados aqui, geralmente como rascunhos, sem publicá-los.
Por ter gostado bastante deste poema inacabado, vou deixá-lo à mostra. A ideia veio depois de assistir Amor e de conversar com uma moça, arquiteta cheia de ideias e de monólogos curtos. Tem uma sombras de um platonismo bem pilantra aí no meio, espero poder esconder isso quando acabar.
no coração: átrios
a cornija na fronte.
as pernas são de coluna
e a coluna é uma corrente
que liga
as partes ao todo, indiferentes.
áurea na medida e na luz que carrega,
o corpo é obra perecível e eterna
é a própria forma-arquiteta.
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