sábado, 16 de novembro de 2013

Jamais me convide para beber. Não há coleguismo na empunhadura do copo ou transfiguração que me faça enxergar a felicidade escondida no álcool. Não gosto, simplesmente.

É curioso ter uma postura dessas num mundo em que todos bebem. Mais curioso é pensar desse modo e passar a noite lendo Omar Khayyam. Bom, ao menos, alguns de seus versos me absolvem.

Considera com indulgência os que bebem até a embriaguez.
Lembra-te de que tens defeitos maiores.
Se queres conhecer a paz e a serenidade, pensa
nos miseráveis que padecem os piores infortúnios e... acabarás por julgar-te feliz.
Só me cabe reconhecer minha arrogância e deixar os que se divertem do jeito deles lá, enquanto me divirto do meu cá.


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