Encontraram-me morto ao pé da escada.
Mudo e sem direitos, com os pés tortos e as mãos de unhas curtidas nos bolsos.
O odre de quimeras ao lado, quase cheio; não houve tempo de bebê-lo.
No peito ainda jorravam angústias brancas,
Sangue sem cor, talvez o ícor divino,
Já que se eu não tinha deus,
Só podia ser eu mesmo o meu Deus.
Um deus morto e ridículo, como todos os deuses.
Morto ao pé da escada.
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