sexta-feira, 13 de julho de 2012


É curioso olhar para uma foto e ver um passado destroçado, relações que se romperam, criaram musgo e tiveram suas muralhas carcomidas pelo tempo, quando cada dia equivale a um ano e cada ano torna-se um século. O que antes eram seis ou sete faces sorridentes hoje semelham-se a lembrança estranha e enegrecida, a casca podre do caule da árvore do tempo.

Um comentário:

  1. O que faz o pátio ser vazio?

    O vazio de comentários?
    O vazio de posts?
    O vazio intelectual de quem as lê e não compreende?
    O vazio interno de quem escreve?
    O vazio de nossas vidas, que de tempo em tempo se ocupam com coisas para não se aperceberem da finitude de tudo?
    O vazio das sentenças, que de tão abertas tem tantas possíveis interpretação que acabam indefinidas, abertas e incompreensíveis?
    O que acontece com o pátio? Cheio de folhas que rodam ao sabor do vento, acaba ficando cinza pela poeira do tempo, esperando que alguém se sente em um de seus bancos e leia um livro, trazendo-lhe um pouco de sol e vida...

    ...ou não.

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