A vala no fim da rua,
A água suja que a percorre.
Ausência de tristeza, de tudo.
Apenas um vazio,
Sem vento frio nem nada.
A própria vergonha de não saber sentir
sustenta
Impassível cariátide.
A face de mármore,
O peito anestesiado para a vida.
Um sentimento que não é um sentimento.
É um fim.
Um poema trágico que me fez lembrar bem o estilo de Paraíso Perdido. Difícilmente vejo um poema bem estruturado dessa maneira (excetuando é claro, os já consagrados). Força sempre Ferques!!
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