terça-feira, 22 de julho de 2008

No post logo atrás eu comentei que o buraco era mais embaixo. E era mesmo! Tão embaixo que meu pagamento está lá no fundo. Mas ele está subindo, lenta e monotonamente, só para usar uma palavra transformada em alegoria de lonjura pelo grande Bandeira.

Ah, sim! A cada dia sinto que meus amigos valem mais a pena e que eu também valho. E esse é um de meus bons motivos para sorrir.



A tempo: aqui você pode ler um pouco de Manuel Bandeira.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mais um dia

Hoje fiz duas provas, em dupla. Entreguei uma delas sem acabar de passar a limpo, a outra psicografei uns trinta por cento e agora estou escrevendo pra ver se esqueço que só vou me formar em 2009.

Fora isso, tenho um poema que não consigo acabar e a incerteza de por quanto tempo terei serviço. Pra um mês está garantido; pra mais, quem sabe?

Já basta de lamúrias, não? Vamos fechar este post e começar o próximo com um sorriso, não um muxoxo.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Pois é.

Segunda-feira comecei a trabalhar como revisor freelancer numa grande editora. Iniciei o serviço com grandes esperanças (oh!), mas já tô vendo que o buraco é mais embaixo. Mais embaixo porque quando cair doerá mais.

domingo, 16 de março de 2008

Millencolin – Penguins & Polarbears




Taí uma banda que realmente me acompanha (seria o contrário, eu sei; mas aí não teria tanta graça escrever isto). Lozin' Must é uma de minhas músicas preferidas, mas este clipe é o melhor deles.

Espero poder vê-los ao vivo um dia. :/

segunda-feira, 3 de março de 2008

Cidade, labirinto desbotado
Se aqui me fio e não me calo
é porque tento dizer a todo custo
com fumaça grudada na garganta
que não te quero mais.

Fruto do teu engenho torto
me criei – em ledo engano –
fantástico, inigualável e faminto
um jardim de alfazemas
em carne de concreto
sangue em chamas mortas.

Foi-se todo meu viço
Sou engrenagem e aqui repito
todo o todo o meu pesar
que não mais sinto
sou engrenagem e aqui repito
sempre

sempre

sempre





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Mais um poeminha inacabado. Já de dois anos pra cá só consigo escrever sobre um certo efeito de angústia que me dá em alguns momentos por conta dessa vida corrida. Até que é legal quando desembesto a escrever, mas eu imagino como deve ser viver num estado mórbido sempre e sempre...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Novamente venho pensando sobre pequenas mudanças no meu modo de ver as coisas. Quero voltar a dar aulas, mas neste ano será impossível. Muitas coisinhas pra acertar, mais uma estação pra finalizar e trilhos para colocar. Espero que meu trem parta logo!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Brincadeira soberana


As pipas costuram as nuvens, colchas de retalhos fugidios. Na luta pela hegemonia no céu cerúleo contam-se as baixas: um xis verde e rosa acabara de tombar, um outro cruz caiu em mãos inimigas e o pobre roxinho estatelou-se num emaranhado de cabos negros e tênis velhos amarrados, elementos do chão impuro.

A capucheta mantinha-se em níveis mais humildes, soldado de baixo escalão. O maranhão vermelho e negro reinava supremo desde o começo da tarde, após ter derrubado do poder a arraia azul e cinza, com apoio de um peixinho qualquer e uma pipa de sacola de supermercado, vil, porém de muita ajuda.

Daí a conclusão: a soberania no céu das pipas é democrática, pois cada dia tem seu rei.