segunda-feira, 3 de março de 2008

Cidade, labirinto desbotado
Se aqui me fio e não me calo
é porque tento dizer a todo custo
com fumaça grudada na garganta
que não te quero mais.

Fruto do teu engenho torto
me criei – em ledo engano –
fantástico, inigualável e faminto
um jardim de alfazemas
em carne de concreto
sangue em chamas mortas.

Foi-se todo meu viço
Sou engrenagem e aqui repito
todo o todo o meu pesar
que não mais sinto
sou engrenagem e aqui repito
sempre

sempre

sempre





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Mais um poeminha inacabado. Já de dois anos pra cá só consigo escrever sobre um certo efeito de angústia que me dá em alguns momentos por conta dessa vida corrida. Até que é legal quando desembesto a escrever, mas eu imagino como deve ser viver num estado mórbido sempre e sempre...

Um comentário:

  1. Essa angústia de um estado mórbido também me é constante...se eu ao menos desembestasse a escrever como vc teria algum proveito!!!

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